O Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) mandou encerrar as conservatórias, enquanto nas prisões a unidade de elite está de prevenção, devido à falha de energia que está afetar Portugal, disse à Lusa o Ministério da Justiça.

"O IRN decidiu mandar fechar as conservatórias", adiantou fonte do Ministério da Justiça, sem adiantar mais detalhes.

A mesma fonte acrescentou que, se for necessário, "será reforçada a segurança no sistema prisional", acrescentando que o esquadrão do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), o grupo de operações especiais do Corpo da Guarda Prisional, "está já de prevenção".

"No Ministério da Justiça, onde existem sistemas redundantes, estes foram acionados", sublinhou, ressalvando que, "como as bombas de gasolinas estão a encerrar", "não há garantia de se conseguir adquirir gasóleo" para prolongar o funcionamento dos geradores.

Os centros de processamento de dados do ministério que "alimentam toda a rede da justiça" têm energia para seis horas, no caso do que está instalado em Évora, e para 24, no caso do que funciona em Lisboa.

"Caso a energia não seja restabelecida entretanto, os servidores e serviços nos 'DataCenter' serão desligados duas horas antes", adiantou

Inicialmente, foi dada indicação aos organismos tutelados pela Justiça para aguardarem duas horas, estando prevista a permanência somente das equipas de gestão de crise caso "o apagão se mantenha".

A REN -- Redes Energéticas Nacionais confirmou hoje um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e parte do território francês e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.

O apagão registou-se às 11:30 de Lisboa.