
Uma unidade do exército indiano, o Chinar Corps, relatou uma "intensa troca de tiros" com homens armados, dizendo que suspeitava que estes tinham "tentado uma infiltração" em Baramulla, cerca de 100 quilómetros a nordeste de Pahalgam, onde ocorreu o atentado.
O exército declarou, além disso, que apreendeu grandes quantidades de armas e munições.
Desde a divisão em 1947, a Índia e o Paquistão disputam a soberania de Caxemira, de maioria muçulmana.
Na parte indiana, uma rebelião separatista causou dezenas de milhares de vítimas desde 1989. Nova Deli enviou para o local um contingente de cerca de 500 mil soldados.
As forças indianas lançaram uma caça maciça após o ataque a tiro de terça-feira contra um grupo de turistas em Pahalgam, destino turístico popular a cerca de 90 quilómetros da cidade de Srinagar.
Foi o ataque mais mortífero contra civis num quarto de século. Pelo menos 28 turistas morreram e "muitos outros foram feridos", de acordo com o jornal The Times of India.
Os combates diminuíram desde que o Governo nacionalista hindu do primeiro-ministro, Narendra Modi, revogou a autonomia limitada do território em 2019.
Entretanto, Modi interrompeu a visita à Arábia Saudita e voltou hoje a Nova Deli. Após a chegada à capital indiana, realizou uma reunião de alto nível no aeroporto para discutir a situação, de acordo com imagens do Governo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, condenaram na terça-feira o atentado.
"As minhas mais profundas condolências a Narendra Modi e cada coração indiano que sofre hoje", pode ler-se, numa nota na rede social X de Ursula von der Leyen.
Kaja Kallas condenou "o hediondo ataque terrorista" que "ceifou muitas vidas inocentes". "A UE mantém-se firme contra o terrorismo", pode ler-se, na publicação na mesma rede social.
Também o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente o atentado, referindo que "os ataques contra civis são inaceitáveis em quaisquer circunstâncias".
Já o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que os Estados Unidos estão "firmemente ao lado da Índia contra o terrorismo".
"O primeiro-ministro [Narendra] Modi e o grande povo da Índia têm o nosso total apoio e as nossas profundas condolências", escreveu Trump na rede social Truth Social.
CAD (DMC/ANC) // SB
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