
O Governo português exigiu, nesta sexta-feira, às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios, político da oposição e ex-governador do Estado de Merida, com nacionalidade portuguesa".
Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirma que "Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE".
No texto, Paulo Rangel afirma que Dávila Barrios foi detido quinta-feira, "de modo arbitrário e com saúde precária".
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse, nesta sexta-feira à tarde à Lusa, que dois luso-venezuelanos se encontram detidos na Venezuela devido à sua participação em manifestações contra Nicolás Maduro, estando o Governo português a acompanhar o caso.
Trata-se de um homem e uma mulher que foram detidos durante esta semana, quando participavam em atos que "o regime considera ilegais", afirmou José Cesário.
Os detidos têm nacionalidade venezuelana e portuguesa, sendo, para já, os únicos detidos de que o Governo tem conhecimento.
Entretanto, fonte familiar disse à Lusa que foi detido um outro luso-venezuelano, um jovem que se encontra numa dependência policial na localidade de Puerto Cabello, estado de Carabobo (centro-norte do país), depois de ter sido apanhado pela polícia, juntamente com outras pessoas, durante uma manifestação pacífica de contestação aos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.
- Com Lusa