A decisão consta do Comunicado do Conselho de Ministros, hoje realizado em Bissau, a que a Lusa teve acesso.
O Conselho de Ministros "exorta a todos os cidadãos nacionais e estrangeiros, residentes no país, no sentido de cumprirem com o dever cívico e moral de celebração formal de contratos de fornecimento de energia e água, incluindo os funcionários da EAGB", segundo o comunicado do Governo.
As autoridades guineenses consideram que a EAGB se encontra em "falência técnica".
Na reunião semanal, presidida pelo primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, o Conselho de Ministros debruçou-se sobre a "complexa situação da EAGB" caracterizada pela persistente situação de isenções de pagamento de energia.
Numa entrevista à Lusa, em outubro passado, Vasco Rodrigues, o português que gere a EAGB enquanto diretor-geral, lamentava o facto de a empresa fornecer energia a muitos clientes, mas que não pagam o fornecimento por beneficiarem de isenções ou por esquemas fraudulentos.
Na mesma reunião de hoje, o Conselho de Ministros foi informado da decisão do Governo, tomada recentemente, de rescindir o contrato com a empresa turca Karpower que fornecia energia à cidade de Bissau a partir de um navio.
Na entrevista à Lusa em outubro, Vasco Rodrigues indicou que apesar de o fornecimento a partir do navio ter sido desligado em agosto, a Karpower continuava a exigir receber dinheiro da EAGB com base num contrato.
O responsável afirmou que aquela situação também impedia a EAGB de reduzir a tarifa de energia que é cobrada aos clientes uma vez que mensalmente é obrigada a pagar uma fatura de cerca de 1,4 milhões de euros à Karpower, disse.
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