"A Frelimo enaltece as múltiplas virtudes do camarada Fernando Francisco Faustino que, muito cedo, e em plena juventude, engajou-se na luta de libertação nacional (...). O camarada Fernando Faustino demonstrou as suas qualidades de liderança e visão clara sobre os objetivos que conduziram à independência de Moçambique", lê-se num comunicado do partido no poder, enviado à comunicação social.

Para a Frelimo, o secretário-geral da ACCLIN, considerado o braço mais influente do partido, foi um homem de "convicções inabaláveis", um militante íntegro e vertical, que se dedicou "com fervor e amor" à pátria moçambicana.

"A Frelimo reconhece que o camarada Fernando Francisco Faustino foi merecedor de uma elevada confiança dos combatentes da Luta de Libertação Nacional, ACLLN, tornando-se deste modo secretário-geral da agremiação", referiu a Frelimo, lamentando a morte do líder dos veteranos.

O histórico dirigente do partido morreu no sábado, na África do Sul, vítima de doença, disse à Lusa a porta-voz da Frelimo, Ludmila Magune.

Fernando Faustino tinha sido reeleito em abril de 2022 para mais um mandato de cinco anos na liderança da estrutura dos antigos combatentes da Frelimo, partido no poder em Moçambique desde 1975. Além de secretário-geral da ACLLIN, Fernando Faustino era membro da Comissão Política e do Comité Central da Frelimo.

Em abril, antes do processo de escolha do candidato da Frelimo a Presidente da República nas eleições gerais de 09 de outubro, o líder dos veteranos do partido defendeu que o mesmo devia ter "um passado limpo" e espírito "patriota", depois de críticas anteriores que fez a práticas de corrupção.

A ACLLIN, formada por antigos combatentes da luta de libertação, afirmou, queria um candidato às eleições gerais com "carisma, equilíbrio e ponderação, perseverança, astúcia e inteligência e com boas ideias", tendo sido escolhido em maio, pelo Comité Central, Daniel Chapo, entretanto declarado vencedor com 70,67% dos votos, segundo anúncio da Comissão Nacional de Eleições, resultados que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional.

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