
O candidato do Chega-Madeira à Assembleia da República, Francisco Gomes, acusou, este domingo, o Estado português de ter abandonado os "portugueses honestos e trabalhadores" para governar "para as minorias, para os amigos dos políticos e para os que se fazem de coitadinhos para viver à custa dos outros". As declarações foram feitas durante a visita ao mercado do Santo da Serra, que marcou o arranque oficial da campanha do partido na Madeira.
Durante o evento de contacto com a população local, o actual deputado aproveitou para denunciar o que considera ser "um modelo de governação podre e injusto" implementado pelos partidos tradicionais ao longo de décadas.
"Ao fim de 50 anos de PSD e PS, os portugueses honestos pagam tudo, sustentam tudo, mas são sempre os últimos a receber e os primeiros a ser esquecidos. Mais compensa depender do Estado do que trabalhar, pois quem se esforça é penalizado", afirmou Francisco Gomes.
O candidato dirigiu críticas particularmente duras à política de imigração nacional, descrevendo-a como "completamente descontrolada" e responsabilizando-a pelo agravamento de problemas sociais como a pobreza, a criminalidade e a exclusão.
"O país está farto de ver imigrantes a chegarem e, no mesmo dia, receberem casa, comida, escola, saúde e subsídios. Isto enquanto idosos vivem com pensões de miséria, antigos combatentes morrem abandonados e jovens são forçados a emigrar para ter uma vida decente", declarou Francisco Gomes.
Na sua intervenção, Francisco Gomes defendeu uma revisão profunda do sistema de atribuição de apoios sociais, argumentando que os subsídios estatais devem ser destinados "apenas para quem verdadeiramente precisa". O parlamentar madeirense propõe um sistema de fiscalização mais rigoroso e uma reforma das políticas assistencialistas.
"Não podemos ser um País dominado por gente desonesta, abusadora e exploradora. Quem pode trabalhar, tem de trabalhar. Os apoios são para os que não podem - para os idosos, doentes e famílias em verdadeiro aperto - e não para quem simplesmente quer viver à custa de quem é honesto", concluiu.