O exército israelita declarou hoje ter matado cerca de 20 combatentes palestinianos durante o assalto a um hospital no norte da Faixa de Gaza que, segundo o exército, era utilizado como "centro de comando" pelo movimento Hamas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vasta ofensiva lançada na manhã de sexta-feira "pôs fora de ação" o hospital Kamal Adwan, a última unidade hospitalar ainda em funcionamento no norte do território palestiniano, devastado por mais de um ano de guerra.
"Cerca de 20 terroristas foram mortos durante a operação e poderosos engenhos explosivos colocados pelos terroristas foram neutralizados", declarou hoje o exército israelita, em comunicado.
No final da operação da véspera, o exército israelita tinha declarado ter detido o diretor do estabelecimento, Hossam Abou Safiya, suspeito de ser militante do Hamas, bem como "mais de 240 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica".
Estes últimos serão transferidos para Israel "para investigações mais aprofundadas", disse o exército, sublinhando que "devem poder fornecer informações valiosas".
Questionado pela agência AFP sobre se o diretor do hospital também seria transferido, o exército não fez qualquer comentário imediato.
"Esta é uma das maiores operações contra terroristas num único local desde o início da guerra", disse o exército. "Alguns terroristas tentaram fazer-se passar por pacientes. Alguns até se esconderam em ambulâncias".
Israel acusa regularmente o Hamas de utilizar os hospitais como bases para preparar e lançar ataques contra as suas tropas, mas o movimento islamita nega-o.
O Exército israelita informou também hoje que eliminou 14 militantes do Hamas em novembro passado, no norte da Faixa de Gaza, dos quais seis participaram no massacre de 1200 pessoas em 07 de outubro de 2023.