O Egito propôs um cessar-fogo de 48 horas em Gaza, no qual o Hamas libertaria quatro reféns israelitas em troca da libertação de um número indeterminado de prisioneiros palestinianos.
O anúncio foi feito pelo Presidente Al-Sisi, que acrescentou que serão realizadas negociações durante 10 dias para discutir uma série de medidas a aplicar na Faixa de Gaza "para chegar a um cessar-fogo global".
O Egito atua como principal mediador entre Israel e o Hamas, juntamente com o Qatar e os Estados Unidos.
"No que se refere a Gaza, existe um consenso árabe sobre a importância de um cessar-fogo e da entrada de ajuda humanitária, além da libertação dos reféns e prisioneiros palestinianos", acrescentou o chefe de Estado, reiterando que as negociações de tréguas em curso estão também a abordar "os perigos" de uma escalada na violência no Médio Oriente.
Al-Sisi recordou ainda que os palestinianos do enclave devastado "estão sob um cerco pesado que vai até à fome": "É por isso que a chegada de ajuda humanitária é importante", insistiu, lembrando que o seu país rejeita "qualquer tentativa de deslocação forçada" dos habitantes de Gaza.
O anúncio de Al-Sisi foi feito no mesmo dia em que o responsável máximo da Mossad, serviços secretos israelitas, David Barnea, chegou ao Qatar para participar em novas conversações sobre a troca de reféns por prisioneiros palestinianos detidos em Israel e sobre as perspetivas de um cessar-fogo em Gaza.
O Hamas não está diretamente envolvido nas negociações, mas o grupo tem o seu gabinete político em Doha e comunica com o Qatar e o Egito, que medeiam com os Estados Unidos da América entre o grupo e Israel.