
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, responsabiliza diretamente Pedro Nuno Santos pela atual crise política e acusa o secretário-geral do PS de radicalizar o partido.
Em entrevista à Rádio Renascença, Miranda Sarmento acusa Pedro Nuno Santos de ser um “radical” e de radicalizar o PS: “O Partido Socialista radicalizou-se e usou métodos, expressões, intervenções próximas daquelas a que estávamos habituados ao Chega e a André Ventura.”
O ministro chama ainda a atenção para as declarações de Fernando Medina, o último ministro das Finanças socialista, que defendeu que se devia ter feito mais para evitar ir a eleições antecipadas.
“Foi, até agora, a única voz, eu acho que não é a única dentro do Partido, mas para fora do PS foi a única voz que manifestou preocupação sobre o rumo que o Partido Socialista está a levar de radicalização, de extremismo, de querer usar todos os instrumentos de uma forma despropositada e excessiva para atacar as instituições.”
Na entrevista, responsabiliza o Chega e o PS por o país ter de ir a eleições antecipadas e recorda as declarações do presidente da Assembleia da República.
"No Chega não nos deve surpreender, o que nos deve surpreender é a forma como o Partido Socialista atuou. Como Aguiar Branco disse há poucos dias, de facto Pedro Nuno Santos fez pior à democracia no espaço de pouco mais de uma semana do que André Ventura em seis anos.”
À Renascença, o ministro falou ainda sobre a TAP e disse acreditar que os possíveis compradores da TAP não deverão perder o interesse na companhia aérea.
“Naturalmente, seria mais fácil privatizar a TAP, sem incerteza, mas creio que a empresa está numa posição em que tem vários interessados e manterão o interesse, mesmo que tenham de esperar alguns meses.”
O executivo admitiu que a privatização vai atrasar alguns meses devido às eleições antecipadas.