O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou que "à semelhança do primeiro semestre deste ano, nos primeiros nove meses de 2024, em Macau, os números da criminalidade geral foram superiores aos dos períodos homólogos dos anos de 2023 e de 2019".
O responsável indicou que este acréscimo deveu-se "ao aumento contínuo dos crimes de burla" que, nos primeiros nove meses do ano, subiram 31,5% com 2.160 casos contra 1.643 em termos homólogos.
Em relação à "criminalidade violenta grave", aos "crimes relacionados com a droga e com o jogo", bem como aos crimes que afetam a vida quotidiana da população, nomeadamente furto e roubo, os números registados foram significativamente inferiores aos do mesmo período de 2019, o que leva a concluir que "o ambiente de segurança de Macau se mantém estável", indicou Wong Sio Chak, de acordo com um comunicado.
Por outro lado, o secretário para a Segurança destacou as duas operações, a "preventiva de Inverno de 2024" e a "Trovoada 2024", entre janeiro e setembro, durante as quais "tiveram lugar 1.871 operações, tendo sido mobilizados 21.138 agentes policiais, investigadas 116.372 pessoas, das quais 1.128 estiveram envolvidas em 860 casos criminais, e que foram encaminhadas para os órgãos judiciais por existirem fortes indícios da prática de crimes".
A polícia vai continuar a manter "uma comunicação estreita e a trocar informações com as polícias do interior da China e de Hong Kong, no âmbito do combate a todos os tipos de crimes transfronteiriços", disse.
Nos primeiros nove meses deste ano, a polícia recorreu ao sistema de vídeovigilância de espaços públicos do território, conhecido como "Olhos no Céu", como mecanismo de auxílio na investigação de 7.267 casos, que incluíram casos de criminalidade violenta grave, designadamente crimes de homicídio, roubo e fogo posto, referiu.
Atualmente, a área da segurança já iniciou o planeamento de construção da sexta fase do Sistema "Olhos no Céu" e escolheu, de modo preliminar, 680 locais para a instalação de câmaras, indicou.
Wong Sio Chat referiu ainda o caso de homicídio ocorrido em agosto, relacionado com um crime de roubo e troca ilegal de dinheiro, tendo a Polícia Judiciária de Macau detido duas pessoas.
"A polícia vai continuar a reforçar o combate à troca ilegal de dinheiro e às atividades ilícitas, acompanhando e avaliando de perto o possível impacto negativo que trazem à sociedade", afirmou o responsável.
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