Em 21 de fevereiro, três navios chineses efetuaram manobras navais numa rota de voo movimentada que liga os dois países da Oceânia, obrigando 49 aviões comerciais a alterar as trajetórias de voo.

O Ministro da Defesa australiano, Richard Marles, reconheceu que os navios chineses se encontravam em águas internacionais e agiam em conformidade com o direito internacional.

No entanto, tanto a Nova Zelândia como a Austrália criticaram a China por não ter emitido um aviso com antecedência suficiente ou através dos canais de comunicação adequados.

A China argumentou que os exercícios foram efetuados "de forma segura e profissional", afirmando que tinha utilizado "munições reais de artilharia naval em direção ao mar com base em avisos de segurança emitidos várias vezes com antecedência".

"Do meu ponto de vista, o aviso foi apropriado", reafirmou o embaixador Xiao Qian, numa entrevista ao canal australiano ABC, garantindo não ver "nenhuma razão para a China se sentir culpada ou sequer imaginar pedir desculpa".

"Como grande potência regional, é normal que a China envie navios para diferentes partes da região e desenvolva diferentes atividades", acrescentou o diplomata, depois de o país ter acusado Camberra, no domingo, de ter "exagerado deliberadamente" o caso.

O Exército australiano e o homólogo neozelandês têm estado a monitorizar três navios de guerra chineses - uma fragata, um cruzador e um navio-tanque de reabastecimento - desde que foram avistados em águas internacionais na semana passada.

Os navios encontravam-se ao largo da costa sul da Austrália hoje de manhã, segundo as Forças de Defesa da Nova Zelândia, que se declararam prontas a ajudar o seu aliado "fornecendo assistência militar para uma maior vigilância, se necessário".

 

JPI // VQ

Lusa/Fim