
O deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, criticou hoje Estado português pelo tratamento que está a ser dado aos antigos combatentes, considerando-o “uma afronta à dignidade nacional”.
Para parlamentar e candidato do Chega às eleições de dia 18, “o país está a tratar aos pontapés aqueles que deram tudo pela pátria”.
Francisco Gomes denuncia o que considera ser “o abandono e descuido vergonhoso” a que os antigos combatentes têm sido, a seu ver, votados.
O cabeça-de-lista do Chega aponta, em concreto, o acesso à comparticipação de medicamentos, “que deveria estar em vigor desde Janeiro” e que – segundo diz – em muitos casos continua sem ser aplicada, “por culpa das habituais burocracias e falhas de coordenação entre organismos do Estado”.
O deputado lamenta que o acesso ao desconto de 50 por cento na parte não comparticipada dos medicamentos continue a exigir um processo “injustificavelmente confuso e moroso”. Segundo Francisco Gomes, “esta situação está a deixar muitos antigos combatentes de fora do sistema e sem acesso ao benefício que lhes é devido por lei”.
"É inacreditável que um antigo combatente, que toda a vida contribuiu para o país e serviu em defesa da pátria, tenha de andar de instituição em instituição, implorando por um direito que o Estado anunciou com pompa e circunstância. Isto é humilhante, revoltante e inaceitável”, sublinhou.
Em comunicado de imprensa, Francisco Gomes aponta ainda o dedo à “incapacidade do Governo da República para garantir que todos os antigos combatentes estejam devidamente identificados no Registo Nacional de Utentes, o que está a bloquear o acesso ao benefício”.
“Temos um sistema completamente desorganizado, com pessoas a serem excluídas porque os dados não estão atualizados, porque há falhas de comunicação entre ministérios, ou porque não sabem interpretar as regras”, vinca o deputado na Assembleia da República.
Francisco Gomes argumenta “há antigos combatentes pensionistas que continuam a ser excluídos do apoio, apesar de todas as entidades do Estado – incluindo Finanças, Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações – saberem que o são”. “Muitos não recebem qualquer previsão de resolução, apesar de sucessivos contactos com diferentes serviços”, acrescenta.
Os antigos combatentes não podem ser tratados como um fardo. São um símbolo da nossa História e têm de ser honrados com ação, não com propaganda. Estamos fartos de desculpas e exigimos soluções Francisco Gomes