O exército libanês anunciou esta quarta-feira que tomou "as medidas necessárias" para se reposicionar no sul do país, onde está em vigor um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
"Na sequência da entrada em vigor do cessar-fogo, o exército está a tomar as medidas necessárias para completar o seu destacamento no sul do Líbano", afirmaram as forças armadas em comunicado.
O exército pediu ainda aos deslocados para não regressarem às zonas da linha da frente antes da retirada do exército israelita.
"O comando do exército apela aos cidadãos para que sejam pacientes antes de regressarem às aldeias e cidades da linha da frente onde as forças inimigas israelitas penetraram, enquanto aguardam a sua retirada", acrescentou.
Com o cessar-fogo em vigor, muitos foram aqueles que começaram a regressar a casa. Nas últimas horas, formaram-se longas filas de trânsito não só na capital Beirute, mas também no sul do país, uma das zonas mais afetadas pelos ataques de Israel.
Cessar-fogo já está em vigor
O cessar-fogo entre Israel e os militantes do Hezbollah, no Líbano, começou esta quarta-feira às 04:00 locais (02:00 em Lisboa). Desde então, não houve relatos imediatos de alegadas violações à trégua, e houve sinais de celebração em Beirute.
Durante a noite, as sirenes voltaram a tocar em Telavive devido a um ataque com drones do Hezbollah, a partir do Líbano, mas antes do início deste cessar-fogo.
Anunciada na terça-feira, a trégua é um passo importante para pôr fim a quase 14 meses de combates desencadeados pela guerra em curso em Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Segundo o Governo de Israel, as tréguas deverão durar 60 dias, sob supervisão dos Estados Unidos e da França. As tropas israelitas deverão agora retirar-se gradualmente das zonas fronteiriças, mas Telavive deixa um aviso. Israel prometeu que vai atacar se o Hezbollah violar o acordo.
Milhares de tropas libanesas adicionais e forças de manutenção da paz da ONU vão ser destacadas para o sul e um painel internacional vai controlar o cumprimento do acordo.
- Com Lusa