Mais de 270 pessoas morreram, incluindo 21 crianças, e mais de 1.000 ficaram feridas numa série de ataques israelitas no sul do Líbano esta segunda-feira.
Israel já confirmou a ofensiva e anunciou ter atingido “cerca de 800 alvos” do Hezbollah no Líbano, incluindo uma posição nos subúrbios de Beirute. De acordo com a Reuters, um dos alvos seria Ali Karaki, um dos líderes do Hezbollah.
Os bombardeamentos são já dos mais mortíferos desde a anterior guerra no Líbano, em 2006.
“É uma catástrofe, um massacre. Os ataques não param, bombardearam-nos quando estávamos a retirar os feridos”, disse à agência France Press um médico de um hospital na cidade de Nabatiye.
Em resposta, o Líbano lançou pelo menos 80 rockets contra Israel e a Cisjordânia, não havendo registo de vítimas até ao momento.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu intensificar os ataques contra o Hezbollah e pediu aos cidadãos libaneses para abandonarem as “zonas perigosas”.
“A política de Israel não consiste em esperar pelas ameaças, mas em antecipá-las”, declarou numa reunião de segurança em Telavive.
O Governo libanês informou que há dezenas de milhares de pessoas em fuga do sul do Líbano “devido às atrocidades israelitas”.
Aumentam os receios de guerra total no Médio Oriente
O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, explica que depois destes ataques há receio numa guerra aberta entre Israel e o Hezbollah. Acrescenta ainda que os Estados Unidos garantem que, se for necessário, vão apoiar Israel.