O castelo de Manzares el Real, localizado na comunidade de Madrid, foi devolvido, no dia 5 de janeiro, aos proprietários, a Casa Ducal do Infantado, depois de o contrato de arrendamento, que vigorava há 60 anos, ter terminado.

Conhecido como o castelo novo dos Mendonzas, o monumento era gerido há seis décadas pela Comunidade de Madrid, que era responsável pela sua conservação e exploração turística.

Agora, a gestão do castelo passa para as mãos da 20.ª duquesa do Infantado, Almudena de Arteaga y Alcazar, de 57 anos, que se dedica à escrita de romances históricos.

Para além deste monumento, a duquesa é ainda proprietária do castelo La Monclova, em Sevilha, e da casa de Lazcano, em Guipúzcoa, no País Basco.

Em 1965, o então Conselho Provincial de Madrid assinou com a família um contrato de arrendamento por 50 anos, extensível por mais 10.

Como estava em ruínas, a Câmara Municipal de Manzares e a Comunidade de Madrid encetaram esforços para recuperar o monumento. Em 1977, abriu as portas ao público.

Em maio de 2024, a Casa Ducal do Infantado informou a Comunidade madrilena e a autarquia local que pretendia reaver o imóvel a 5 de janeiro de 2025. E assim foi.

A duquesa Almudena de Arteaga y de Alcazar pretendia que o castelo se mantivesse aberto ao público, mas, com o final do contrato de gestão e utilização pública mantido pela Comunidade de Madrid, o monumento deixa de poder ser visitado devido à impossibilidade de conceder aos proprietários licenças para o efeito, de acordo com o El País.

"Existem vias legais que permitem uma rápida reabertura do castelo. Depende da vontade das administrações envolvidas (Comunidade de Madrid e Câmara Municipal de Manzanares el Real) que possam ser efetivadas", esclareceu o advogado da família, de acordo com a mesma fonte.

Castelo foi construído no século XV

Entre 2019 e 2023, o espaço recebeu 407 mil visitantes. Os preços de entrada variavam entre os cinco e os oito euros.

O castelo começou a ser construído em 1475 a pedido do primeiro duque do Infantado e segundo marquês de Santillana, Diego Hurtado de Mendonza y Figueroa.

A construção terminou em 1490 já pela mão do filho, Don Iñigo. Desde então, serviu propósitos militares e como residência oficial da nobre família.