De acordo com Júlio Mussa, presidente da Comissão Provincial de Eleições em Cabo Delgado -- terceira maior do país, com 1.185.024 eleitores recenseados -, Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder), venceu o total dos 17 distritos com 281.507 votos (65,81%), seguido por Venâncio Mondlane, apoiado pelo extraparlamentar Partido Optimista para o Desenvolvimento (Podemos), com 96.843 votos (22,64%).

Em terceiro lugar ficou Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição com 32.331 votos (7,56%), e por último Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, com 17.076 votos (3,99%).

De acordo com a comissão eleitoral, na votação para as legislativas, em que deverão ser escolhidos 250 deputados - dos quais 23 a eleger pelo círculo eleitoral de Cabo Delgado -, ocupam os quatro primeiros lugares a Frelimo, com 259.304 (66,44%), o Podemos, com 56.898 (14,58%), a Renamo com 33.907 (8,69%) e o MDM com 12.263 (3,14%).

Nas assembleias provinciais, cujo cabeça-de-lista vencedor é eleito governador provincial, a Frelimo também lidera, com 288.218 (72,33%), seguido da Renamo, com 46.581 (11 69%), do Partido Humanitário de Moçambique (Pahumo), com 37.573 votos (9,43%) e pelo MDM, com 26.085 votos (6,55%).

As eleições gerais de quarta-feira incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

A publicação dos resultados da eleição presidencial pela Comissão Nacional de Eleições, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.

A votação incluiu legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir.

A CNE aprovou listas de 35 partidos políticos candidatas à Assembleia da República e 14 partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores às assembleias provinciais.

 

RYCE // JPS

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