A Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) - Cabo Verde Airlines voltou a realizar "a programação diária e semanal, garantindo a conectividade habitual" com aquelas ilhas, "após alguns dias de grandes desafios devido a problemas técnicos" com um dos aviões, referiu em comunicado.

A companhia "disponibilizou transporte marítimo como alternativa" para quem tinha voos de ligação para o estrangeiro, mas não esclareceu quantos voos e passageiros foram afetados desde que anunciou "constrangimentos operacionais", no dia 07 de maio.

A Lusa tentou obter esclarecimentos adicionais da companhia, mas não obteve resposta.

"É uma coisa que se repete: temos dias de férias marcados, data de regresso e isto é muito complicado", referiu, na quarta-feira, à rádio pública (RCV) um passageiro cabo-verdiano, integrado num grupo que viajou desde a Holanda para chegar à ilha de São Nicolau, mas que acabou por ficar uma semana retido na ilha do Sal, por falta de ligações.

Segundo referiu, deverá regressar à Holanda sem ter chegado à ilha que queria chegar.

Na ilha do Fogo, onde decorreram as festas anuais, que atraem muitos emigrantes, passageiros afetados fizeram queixas semelhantes, numa altura em que os transportes marítimos também estão reduzidos.

Desde 21 de abril que a CV Interilhas, do grupo português ETE, empresa concessionária do serviço público de transporte marítimo de passageiros e cargas, tem apenas dois dos seus quatro barcos a funcionar, devido a avarias.

O Governo anunciou no ano passado a operacionalização de uma linha aérea estatal dedicada somente aos voos domésticos, depois de a TACV ter assumido o serviço e minimizado as falhas da anterior concessionária, prometendo ao mesmo tempo investir em novos meios marítimos.

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