
"Já solicitámos informações ao Departamento de Estado dos EUA para saber exatamente quais são os problemas e dar resposta. Estamos confiantes de que poderemos sair dessa lista", afirmou Ulisses Correia e Silva.
Cabo Verde integra uma lista de 22 países sob alerta amarelo, com um prazo de 60 dias para corrigir falhas na emissão de documentos, controlo de fronteiras e partilha de informações com Washington.
Caso as exigências não sejam cumpridas, os cidadãos desses países poderão enfrentar restrições ou até a proibição de entrada nos Estados Unidos.
Além da confiança numa resolução, o chefe do Governo reforçou a posição de Cabo Verde como uma referência nas relações com os EUA.
Ulisses Correia e Silva rejeitou que o caso esteja relacionado com questões políticas e recordou que, no passado, Cabo Verde foi incluído na "lista cinzenta" devido ao incumprimento de requisitos para o repatriamento de pessoas condenadas nos EUA, uma situação que já foi superada.
"Espero que, havendo algum incidente, possamos retomar a normalização", concluiu.
Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial são alguns dos 43 países cujos cidadãos podem vir a enfrentar restrições à entrada nos Estados Unidos, noticiou o New York Times (NYT).
Um projeto de lista com 43 países está, segundo o jornal, a circular no seio da administração de Donald Trump e enumera três níveis de países cujos cidadãos podem enfrentar proibições ou restrições nas viagens para os Estados Unidos.
Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, quatro países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), surgem no grupo de nações às quais poderá vir a ser dado um prazo de 60 dias para corrigirem deficiências detetadas, sob pena de sofrerem restrições mais pesadas.
Os funcionários, que falaram sob condição de anonimato, advertiram que a lista tinha sido desenvolvida pelo Departamento de Estado há várias semanas e que era provável que sofresse alterações quando chegasse à Casa Branca.
Desenvolvido por funcionários diplomáticos e de segurança, o projeto de lista sugere uma lista "vermelha" de 11 países cujos cidadãos seriam categoricamente proibidos de entrar nos Estados Unidos: Afeganistão, Butão, Cuba, Irão, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Sudão, Síria, Venezuela e Iémen.
O projeto de proposta inclui também uma lista "laranja" de 10 países para os quais as viagens seriam restringidas, mas não cortadas. Nesses casos, os viajantes de negócios abastados poderiam ser autorizados a entrar, mas não as pessoas que viajam com vistos de imigrante ou de turista.
Os cidadãos incluídos nessa lista seriam também sujeitos a entrevistas presenciais obrigatórias para obterem um visto. A lista incluía a Bielorrússia, Eritreia, Haiti, Laos, Myanmar, Paquistão, Rússia, Serra Leoa, Sudão do Sul e Turquemenistão.
RS (ATR) // MLL
Lusa/Fim