A nova área consular abrange o município de Chongqing e as províncias de Sichuan, Guizhou, Yunnan e Shaanxi.

Trata-se da quinta representação diplomática brasileira no país asiático e a primeira fora do litoral chinês, onde estão concentradas as principais e mais prósperas cidades da China.

O objetivo é incrementar a presença brasileira para além do litoral do país, tanto em termos de cooperação económica como de assistência consular, facilitando a emissão de vistos para o Brasil, segundo a diplomacia brasileira.

Com mais de 20 milhões de habitantes, Chengdu é a capital da província de Sichuan. A cidade é particularmente conhecida pelo seu parque natural que alberga mais de 200 pandas, animal que é símbolo da China e habita exclusivamente nesta região.

Cézar Augusto de Souza Lima Amaral assumiu o cargo como cônsul, após ter desempenhado a mesma função em Amesterdão e Frankfurt e ter sido embaixador na Jamaica.

A decisão de reforçar a presença diplomática brasileira na China foi tomada em 2021, durante o anterior executivo de Jair Bolsonaro. A aprovação pelas autoridades chinesas, no entanto, foi feita já na presidência do atual líder brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante os primeiros dois mandatos de Lula da Silva, entre 2003 e 2011, a relação comercial e política entre Brasil e China intensificou-se, marcada, em particular, pela constituição do bloco de economias emergentes BRICS, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de nove mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros), em 2004, para 150 mil milhões (139 mil milhões de euros), em 2022.

O Brasil desempenha, em particular, um papel importante na segurança alimentar da China, compondo mais de 20% das importações agrícolas do país asiático. A China absorve mais de 30% das exportações do Brasil.

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