
O Bloco de Esquerda “continua à espera” que o primeiro-ministro compareça ao debate televisivo com Mariana Mortágua. “Eu quero debater com Luís Montenegro os disparates que foram feitos na habitação, porque é que os preços continuam a subir e o que vamos baixá-los, impondo limites às rendas”, afirmou a coordenadora nacional.
À margem de uma visita à Futurália esta sexta-feira, Mariana Mortágua sublinhou que o representante com a AD é Luís Montenegro. Como tal, enviar Nuno Melo ao debate é “um truque”. “Se o CDS quer debater”, o Bloco admite fazê-lo, mas esse debate não pode substituir o debate com o presidente do PSD.
A bloquista acrescentou que a escolha de debater com o PCP e não com o Bloco de Esquerda (quando os comunistas têm menos deputados) é um “critério completamente aleatório que só se pode perceber tendo Montenegro escolhido a dedo com quem lhe interessava debater”, o que “em Democracia não é aceitável”. “Isso distorce a Democracia. Se damos este poder, amanhã não temos debates”, rematou a bloquista.
Mariana Mortágua respondeu ainda a perguntas sobre a inclusão dos três fundadores do partido nas listas do Bloco de Esquerda. “Só deu um sinal de força. Não há nenhum partido na Democracia portuguesa que consiga juntar todas as suas gerações numas eleições e que tenha percebido como este momento é decisivo. O mundo está a mudar, a eleição de Trump muda tudo. Temos 50 deputados de extrema-direita no Parlamento e se queremos proteger a nossa democracia temos de convocar todas e todos para esta luta”, afirmou.