O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou esta quarta-feira a ameaça de tomar território na Faixa de Gaza caso o Hamas não liberte os reféns que ainda mantém.

Durante uma audiência no parlamento, Netanyahu afirmou que "quanto mais o Hamas continuar a recusar libertar os reféns, mais poderosa será a repressão que exercerá, incluindo a tomada de Gaza.

Uma troca de ameaças

Esta declaração do chefe do Governo israelita ocorre no dia em que o Hamas, deixou a ameaça de que os reféns ainda mantidos em Gaza podem ser mortos se Israel tentar libertá-los à força ou se os ataques de Telavive ao território palestiniano continuarem.

O movimento islamita palestiniano garantiu, em comunicado divulgado, que está a fazer "todos os possíveis para manter os prisioneiros vivos", acusando Israel de "colocar as vidas [dos reféns] em perigo" com os seus bombardeamentos.

"Cada vez que a ocupação [israelita] tenta resgatar os prisioneiros à força, acaba por levá-los de volta em caixões", acrescentou o Hamas.

Israel voltou à carga

O exército israelita retomou os seus bombardeamentos na Faixa de Gaza a 18 de março, após uma trégua de quase dois meses na guerra, desencadeada por um ataque inesperado do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023.

Desde que Israel retomou as operações militares, 830 pessoas foram mortas no território palestiniano cercado, de acordo com um relatório do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza esta quarta-feira divulgado.

O ataque de 7 de outubro resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria das quais civis, de acordo com uma contagem feita pela agência francesa de notícias AFP com base em dados oficiais.


Com LUSA e Reuters