Em comunicado, a ULS refere que o alerta se manterá pelo menos até 13 de janeiro e implica atribuir "mais médicos ao serviço de urgência geral" e aumentar a "capacidade para internamento com a contratualização de soluções externas para acolhimento de utentes com alta clínica e situações de doença aguda (sem critério para internamento hospitalar)".
A ULS Loures-Odivelas salienta "a elevada procura" pela urgência do Hospital Beatriz Ângelo, com 78% dos atendimentos em dezembro a serem triados como urgentes, tendo as infeções respiratórias assumido "um peso significativo".
O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D'Almeida, reconheceu hoje, em declarações aos jornalistas, dificuldades na capacidade de resposta do Beatriz Ângelo, considerando que o hospital de Loures está subdimensionado face à população abrangida.
O Hospital Beatriz Ângelo tem registado elevados tempos de espera nas urgências, sendo que hoje de manhã chegaram às 17 horas.
Ao princípio da tarde, cerca das 14:00, os utentes com pulseira amarela (urgente) tinham pela frente um tempo de espera médio de 12 horas e 58 minutos e os doentes com pulseira laranja (muito urgente) tinham de aguardar uma hora e 18 minutos.
Reconhecendo as dificuldades do hospital, Gandra D'Almeida sublinhou que a unidade "tem tentado dar uma resposta adequada apesar da exigência muito grande que existe" na área geográfica que serve.
No final do ano, a Câmara Municipal de Sintra entregou o edifício do novo Hospital de Sintra ao SNS, que irá beneficiar 400 mil utentes e que o diretor-executivo do SNS antecipa possa aliviar a pressão sobre o Beatriz Ângelo.
ER (MCA) // JMR
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