
Comunicadora de excelência, fala de amor, relações, sexo, feminismo, inclusão e diversidade de forma desassombrada - e informada - avessa a lugares comuns, caixinhas de género e ideias inquinadas.
O que a torna uma voz necessária neste novo estado do país e do mundo, a cada dia mais polarizado e extremado, com forças políticas mortinhas pelo regresso da velha senhora e de outros horrores do passado.
Empatia e questionamento são os seus nomes do meio. Ana é o primeiro nome. E Markl o último.
É radialista, moderadora, autora, argumentista e… utopista. Daquelas que ousa sonhar melhores vidas e futuros, a começar no presente.
Aqui revela o que a levou a largar amarras e sítios seguros, para se dedicar com mais tempo a menos coisas e ao que mais lhe interessa: para escrever mais e melhor, e manter vivas a curiosidade e a vontade de curtir o filho, a família, o tempo lento, e de dar mais gás aos sonhos.
Ana Markl revela neste podcast que terá aprendido essa lição do pai, que era historiador de arte, que foi abaixo quando se reformou, e vivia obcecado pelo trabalho.
Quantos de nós não caímos nessa esparrela, em busca de reconhecimento, sustento, valorização ou progressão na carreira? Esta discussão é feita com Ana que assume sofrer de ansiedade e da síndrome de impostor, além de ser hipocondríaca, “overthinker” e neurótica.
Atualmente Ana Markl pode ser ouvida semanalmente no podcast da Antena 3 “Voz de Cama”, ao lado da sexóloga Tânia Graça, para não deixar morrer em si o bichinho da rádio.
Uma paixão que vem de miúda, quando partilhava o quarto com o irmão mais velho, o Nuno, e passavam horas juntos a inventar programas.
Aqui conta a sua passagem no jornalismo, primeiro no Blitz, depois no Sol, até guinar para a escrita de guiões e apresentação no pequeno ecrã do alternativo Canal Q
Na memória de muitos ficou o programa “Esquadrão do Amor”, com conversas soltas sobre sexo e amor, que Ana apresentava e contava com Carlão, São José Correia e Cláudio Ramos, para agitar as àguas. E Ana recorda a fase em que dissecavam as crónicas ultra-conservadoras do arquiteto José Saraiva, antigo diretor do Sol.
Ana despediu-se de “la vida loca” mais nocturna quando aceitou fazer as Manhãs da Antena 3 durante 8 anos (com Luís Oliveira, Inês Lopes Gonçalves, Joana Marques, Tiago Ribeiro, Hugo Van Der Ding e Joana Gama). Foi a sua experiência profissional mais duradoura e intensa.
Tão intensa que decidiu ir embora sem planos nenhuns. O plano era: nunca mais ter de acordar às 5h30, voltar a ter qualidade de vida, para estar com o filho, ler e escrever mais.
Isso terá sido uma das decisões mais arriscadas que fez na vida? Ou a que lhe deu mais liberdade? Ana responde nesta primeira parte do episódio.
Autora de 3 livros, Ana Markl escreveu dois deles para crianças “Onde Moram os Teus Macaquinhos?” e “Avó, Onde É Que Estavas no 25 de Abril?” e está prestes a lançar novo livro que parte das memórias dos seus diários de adolescente.
O que se mantém em si dessa adolescente? Ana responde e ainda é surpreendida com um áudio da amiga sexóloga Tânia Graça. Boas escutas!
Como sabem, o genérico é assinado por Márcia e conta com a colaboração de Tomara. Os retratos são da autoria de Nuno Fox. E a sonoplastia deste podcast é de João Ribeiro.
A segunda parte desta conversa fica disponível na manhã deste sábado.