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O treinador de futebol Fernando Santos assumiu-se este domingo consternado com a morte de Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, no sábado, aos 87 anos, a quem considerou um "amigo para sempre".
"Recebi a notícia da partida do meu presidente e meu amigo Jorge Nuno Pinto da Costa com profunda consternação. Foi sob o seu comando que tive a oportunidade de crescer como treinador e pessoa. A sua paixão e dedicação ao FC Porto serviram de inspiração para todos nós", realçou o atual selecionador do Azerbaijão, em comunicado.
Fernando Santos comandou a equipa principal dos 'dragões', entre 1998 e 2001, conquistando um campeonato, duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido Oliveira, tendo ficado celebrizado como o 'engenheiro do penta', por ter conquistado o último dos títulos desta sequência, depois dos 'bis' de Bobby Robson e António Oliveira.
"A sua inteligência e carisma eram absolutamente marcantes. A sua visão e liderança deixam uma marca indelével no futebol português e mundial, e particularmente na vida de todos que tiveram o privilégio de trabalhar consigo", reconheceu o técnico, que, após a passagem pelos 'azuis e brancos', orientou ainda Sporting e Benfica.
O treinador, de 70 anos, que levou a seleção portuguesa à conquista dos inéditos títulos de campeão europeu, em 2016, e vencedor da Liga das Nações, em 2019, apresenta os sentimentos à família do antigo dirigente, agradecendo a sua amizade "eterna".
"Neste momento de dor, envio as minhas sinceras condolências à família do Jorge Nuno e a toda a nação portista. A sua memória perdurará nos nossos corações e na história do futebol. Rezo para que descanse em paz. Obrigado, amigo para sempre", concluiu.
Funeral realiza-se na segunda-feira
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu no sábado aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
O funeral do antigo dirigente 'azul e branco' vai realizar-se na segunda-feira, pelas 11:00, após o velório, que vai iniciar-se durante a tarde de hoje, partir das 18:00, na Igreja das Antas.