Os delegados no congresso da AfD, que decorre em Riesa (no leste da Alemanha), elegeram de forma unânime Alice Weidel como candidatada do partido de extrema-direita às eleições legislativas, que vão realizar-se a 23 de fevereiro.

O arranque do congresso foi atrasado depois de milhares de manifestantes se terem concentrado junto ao local.

Os protestos começaram de madrugada e uma estrada chegou a ser temporariamente cortada.

No seu discurso, a candidata de extrema-direita voltou a defender o fecho de fronteiras, deportações em larga escala e a eliminação de programas de combate às alterações climáticas, entre outras medidas.

A Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve cerca de 19% dos votos nas eleições de 2024, atrás dos conservadores da CDU/CSU (30%) e à frente dos sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz (SPD).

Nas sondagens, o SPD não tem conseguido descolar do terceiro lugar, atrás da AfD e da União Democrata Cristã (CDU), obtendo entre 15,5 e 17% dos votos.

Os conservadores da CDU, liderados por Friedrich Merz (candidato a chanceler), encabeçam as sondagens com cerca de 33%, seguidos da AfD com 22%.

No entanto, Alice Weidel não tem qualquer hipótese de chegar ao poder, enquanto os restantes partidos continuarem a excluir qualquer aliança com a extrema-direita.

Doutorada em economia e ex-funcionária da Goldman Sachs, Alice Weidel, 45 anos, aderiu à AfD quando o partido foi fundado, em 2013.

Ao contrário de muitos académicos fundadores da AfD que depois abandonaram o partido, assustados com a sua viragem xenófoba, Wiedel optou por permanecer.

JGA (PJA/ACL) // MAG

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