HOMEM DE GOUVEIA // LUSA

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, revelou esta quarta-feira a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil para envio de dois canadair para combater o incêndio que está a deflagrar há uma semana na ilha.

"Até agora não houve qualquer vitima ou ferido a lamentar, nenhuma habitação foi consumida pelo fogo e nenhuma infraestrutura critica foi afetada. Isto significa que a estratégia de contenção que adotámos foi um sucesso", começou por dizer o governante madeirense.

Albuquerque acabou por confirmar a notícia que a SIC tinha avançado. Esta quinta-feira chegarão à ilha da Madeira dois aviões Canadair, para ajudar no combate ao incêndio que está ativo desde 14 de agosto naquele região insular.

"Em relação aos Canadair, no âmbito do planeamento em curso, foi colocado a hipótese de nos socorremos de todos os meios ao nosso alcance para minimizar e extinguir estes incêndio. Foi acionado esta quarta-feira a autorização para o uso destes meios ao abrigo do mecanismo europeu. Falei também com o primeiro-ministro e foi dada a luz verde a esta solução. ", afirmou

Estas aeronaves serão "utilizadas sobretudo na cordilheira central" mas nenhum destes meios pode ser utilizado nem em zona urbana, nem em zona agrícola, porque despejam "cerca de seis mil litros de água em cada descarga".

"Concluiu-se, depois de estudos técnicos rápidos, que este fogo podia ser combatido através deste meio aéreo. Será uma das hipóteses que temos de despejarmos maiores cargas de água na cordilheira central, em zonas onde é quase impossível o acesso de meios da nossa parte", disse, referindo que a utilização dos aviões está limitada nas zonas afetadas pelo incêndio.

O governante madeirense adiantou, entretanto, que os aviões, que serão abastecidos na ilha do Porto Santo, com água potável, a partir das bocas de incêndio do aeroporto, começam a operar a partir de quinta-feira à tarde.

O incêndio está ativo há uma semana

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou há uma semana, dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

Nestes oito dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.