O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, apelou hoje ao homólogo norte-americano, Donald Trump, que trabalhe para um acordo justo entre Israel e os palestinianos, como o que encerrou o conflito entre o Egito e o Estado judaico.

"Hoje dizemos que uma paz justa é a única opção que todos devemos procurar e, nesse sentido, esperamos que a comunidade internacional, encabeçada pelos Estados Unidos da América, e o presidente Trump em particular, desempenhe o papel esperado a este respeito", afirmou, numa declaração ao país por ocasião do aniversário da retirada das tropas de Israel da península do Sinai.

Para o chefe de Estado, o estabelecimento de um Estado palestiniano ao lado do israelita "é a única forma de parar a violência e a vingança e estabelecer uma paz duradoura".

Citado pela agência espanhola EFE, Abdel Fattah al-Sisi acrescentou que "a história testemunha que a paz entre o Egito e Israel, conseguida graças à mediação norte-americana, é um modelo a seguir para pôr fim a conflitos e disputas vingativas e estabelecer a paz e a estabilidade".

A península do Sinai, em território egípcio, foi ocupada por Israel em 1967 e a retirada das tropas israelitas ficou concluída em 1982, depois de uma batalha diplomática que chegou ao fim com a devolução ao Egito da cidade costeira de Taba, graças à arbitragem internacional.

O tratado de paz entre os dois países tinha sido assinado em 1979, normalizando então as relações entre ambos e tornando o Egito o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel.

Na declaração televisionada hoje, Abdel Fattah al-Sisi alertou mais uma vez para "a situação trágica na Faixa de Gaza" e os "desafios sem precedentes" que tal representa para a região do Médio Oriente, reiterando que "o Egito não permitirá a liquidação da causa palestiniana".