O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, apelou neste Domingo, 08, ao “bom senso” após o anúncio de retirada do Ruanda da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

O chefe de Estado são-tomense, que falava, Domingo à noite, à chegada ao Príncipe proveniente da capital da Guiné-Equatorial, onde participou, no fim de semana, na 26.ª Cimeira da CEEAC afirmou que “creio ser a terceira tentativa de sair da organização. Só esperamos que o bom senso prevaleça e o Ruanda possa regressar brevemente”.

O Ruanda anunciou a saída da organização depois de denunciar a “instrumentalização” da CEEAC por parte da República Democrática do Congo, na sequência da decisão de prolongar por mais um ano a presidência rotativa da Guiné Equatorial, devido às tensões entre a RDCongo e o Ruanda.

“A Conferência adiou para outra data a passagem da presidência rotativa da comunidade para a República do Ruanda e, consequentemente, decidiu manter sua dexcelência Obiang Nguema Mbasogo como presidente em exercício da comunidade por um período adicional de um ano”, segundo o comunicado final da cimeira.

“Entendemos que o Ruanda não reunia as condições necessárias para presidir à Comunidade nestas circunstâncias, estando a ocupar parte do território de um outro Estado-membro”, disse Carlos Vila Nova, reafirmando a resolução tomada em Fevereiro deste ano, em Malabo, pelos Estados-membros, que exigia a retirada das tropas ruandesas da RDCongo.

Questionado sobre quanto tempo poderá demorar um entendimento entre Kigali e Kinshasa, o Presidente são-tomense disse não fazer “futurologias”, mas mencionou a retirada das tropas como uma “condição base” e falou numa posição unânime entre os Estados-membros.

Carlos Vila Nova, diz a Lusa, insistiu que o conflito “deve ser resolvido diplomaticamente”.