Com a Expo 2025 Osaka a meio, o diretor do Pavilhão de Portugal, Bernardo Amaral, disse à Lusa que o espaço “já deu frutos” na promoção das empresas lusas e da cooperação com instituições japonesas.

Bernardo Amaral revelou hoje que seis entidades portuguesas já firmaram acordos desde a abertura do evento, em 13 de abril, incluindo a Universidade Católica que irá cooperar com a Universidade Sophia, situada em Tóquio.

A CorksRibas, com sede em Santa Maria da Feira, que foi um dos fornecedores da cortiça usada no Pavilhão de Portugal, assinou uma nova parceria com a empresa japonesa Toa-Cork “para os próximos dez anos”, referiu.

O Turismo de Portugal firmou um acordo com a homóloga nipónica e a Better With Almonds, uma produtora de amêndoas de Idanha-a-Nova, “teve um excelente encontro com um distribuidor japonês”, acrescentou o dirigente.

“Só nos enche de orgulho passados três meses haver efetivamente estes negócios já realizados. Estamos certos que nos próximos dois, três anos os números serão muito maiores”, garantiu Amaral.

O diretor do Pavilhão de Portugal disse não ter dúvidas de que o investimento global de cerca de 21 milhões de euros no projeto valeu já a pena pela “atração mediática” e pelo número de visitantes.

A comissária-geral de Portugal na Expo2025 em Osaka, Joana Gomes Cardoso, disse à Lusa na sexta-feira que o espaço ultrapassou já um milhão de visitantes, sendo que a meta para todo o evento era de 1,2 milhões.

Mas Bernardo Amaral agora prevê que até dois milhões de pessoas possam passar pelo Pavilhão de Portugal até 13 de outubro, até porque a organização revelou que “há um grande acréscimo na venda de bilhetes para o último mês”.

Uma das missões do espaço é “a internacionalização da economia e atração de investimento estrangeiro”, servindo como “uma plataforma para empresas e instituições portuguesas se projetarem no Japão”, disse o dirigente.

O espaço, da autoria do arquiteto japonês Kengo Kuma, tem 1.800 metros quadrados e conta com um terraço, duas áreas de exposição permanente, uma loja e duas salas multiúsos.

Uma das salas, que esteve entregue à Universidade de Aveiro, começou hoje a ser usada pela Fundação Oceano Azul para demonstrar “soluções efetivamente globais” para os oceanos, disse Amaral.

A fundação convidou a BlueBio Aliance a “dar visibilidade” aos produtos de bioeconomia azul que são “casos de sucesso, disse hoje à Lusa Raquel Gaião Silva, membro da direção da rede portuguesa.

“Estas ‘startups’, apesar de serem internacionais, todas elas passaram por Portugal”, sublinhou Gaião Silva.

Algumas têm interesse em explorar o mercado do Japão e a dirigente acredita que podem “atrair potenciais parceiros” durante a Expo, enquanto outras querem “aprender com os países asiáticos”, nomeadamente na área da aquacultura.

“A ideia é que possamos ter aqui [no Japão] uma porta aberta”, sublinhou Gaião Silva.

Vítor Quintã/Lusa