A Copa dos Libertadores da América tem avó: a Copa Río de La Plata disputada, nos anos 30 e 40 do século passado, entre os campeões uruguaio e argentino. Por insistência dos chilenos do Colo-Colo, entretanto, a Conmebol aceitou alargar a prova, organizando, em 1948, a única edição da Taça dos Campeões, mãe da Libertadores, ganha pelo Vasco da Gama, do Brasil.

Só em 1958, João Havelange, presidente da CBD, atual CBF, anunciou numa reunião da UEFA para a qual foi convidado, o nascimento da Taça dos Campeões da América, cujo vencedor disputaria, frente ao ganhador da Taça dos Campeões Europeus, a Taça Intercontinental, a partir de 1960.

De 1960 a 1965, a prova manteve o nome Taça dos Campeões da América mas a decisão de permitir que outros clubes, além dos campeões, participassem, levou os dirigentes a renomeá-la. Foi escolhido o nome Libertadores da América para homenagear os chefes de estado e os militares que tornaram os países sul-americanos independentes dos reinos de Espanha e de Portugal, como Simón Bolívar («libertador» de Venezuela, Colômbia, Equador, Peru ou Bolívia), José de San Martín (Argentina), Bernard O’Higgins (Chile), José Gervasio Artigas (Uruguai), Manuel Belgrano (Paraguai) e Dom Pedro I (Brasil), entre outros.

Dom Pedro I, ou IV em Portugal, foi um dos raros «libertadores» nascidos ainda na Europa, no Palácio de Queluz.