O Milan joga este domingo com a Génova, no dia em que comemora 125 anos, mas os olhos ainda estão postos na discussão entre Paulo Fonseca e alguns jogadores após a vitória por 2-1 frente ao Estrela Vermelha. Diz o técnico que já falou com os jogadores com que queria falar e que, apesar de não querer perturbar a estrutura hierárquica dentro do plantel, é possível que não concorde com a mesma.
«Já disse à equipa o que queria dizer. Já falei com os jogadores com que queria falar, mas não vou dizer com quem. O Milan fará 125 anos, estamos prontos para ter um dia que faça jus à história do clube», começou por dizer o técnico português.
Uma das grandes questões que Paulo Fonseca tem tido pela frente prende-se precisamente com o balneário. «Quando cheguei, havia três capitães: Calabria, Theo Hernández e Rafael Leão. Se eu tivesse mudado o capitão, vocês [jornalistas] tinham-me matado. Decidi ter fé no capitão que temos. Se concordo... isso é outra coisa. Leão capitão? É uma possibilidade», atirou o técnico, que, apesar de todas essas questões, não se mostra surpreendido: «Somos uma família. Temos de resolver os problemas no balneário. Se esperava estes problemas com as grandes figuras? Sim, a este nível é normal. Também sou pago para resolver o problema, nunca fecho os olhos.»
Haveria necessidade, depois de uma vitória, da revolta de Paulo Fonseca? «Digo sempre a verdade, é difícil esconder o que sinto após um jogo. Acho que sempre fui honesto. São mensagens importantes, que têm de ser transmitidas. Não sabem o que é estar num balneário», explicou o técnico, que, para este jogo, promete alterações: «Temos trabalhado com os jogadores da formação desde início. Posso dizer que vamos ver alguns deles em campo.» O mais badalado desta nova 'fornada' é o avançado Francesco Camarda, para quem Fonseca pede... paciência: «Temos de o deixar crescer, a pressão não é boa. Por favor, não o vamos pressionar, é um jovem. Estou atento ao seu trabalho. Os jovens têm de jogar nos momentos certos. Camarda tem qualidade, mas tem de continuar a crescer. Vamos deixá-lo seguir o seu caminho enquanto jovem.»