Na última vez que o Manchester City perdeu cinco jogos consecutivos, ainda o Manchester City não era o oásis futebolístico que o investimento árabe o tornou. Há 18 anos, a equipa viveu pela última vez um ciclo tão negativo como aquele em que está encapsulado. O que já estava mau ficou ainda pior com a goleada sofrida em casa contra o Tottenham na 12.ª jornada da Premier League (0-4).
Para Pep Guardiola, também é uma situação inédita na carreira. As inovações que, ao longo do tempo, implementou na maneira como esta modalidade se pratica e que o levam a ser um dos melhores do mundo no trabalho que desempenha, nunca o tinham deixado somar tantas derrotas em barda.
No Etihad, o Manchester City foi novamente travado, chegando à mão cheia de desmoronamentos. De repente, os citizens vivem uma fase em que até ums senhor com futebol de autor está a passar pela amargura impossível de eliminar neste desporto. É que por mais que a ilusão aponte para a ideia de que se tem tudo sob controlo, por vezes, a crueldade ataca pelas costas.
A arrogância nas palavras não foi acompanhada por um reforço do empenho frente aos spurs. É que no seio do plantel também não está alojada capacidade de convivência pacífica com tantos desgostos consecutivos. Porém, Erling Haaland, nos seus peculiares modos de interação com os microfones, disse aos da Sky Sports, ainda antes da receção ao Tottenham, que talvez o momento não fosse assim tão dramático. “Ok, perdemos quatro jogos seguidos. Mas o quão mau isso é? Não é assim tão mau, não é como se tivéssemos descido de divisão.”
Não é, de facto, mas contra o Tottenham nenhum jogador dos citizens fez o suficiente para que a quinta derrota não chegasse. Pelo contrário, James Maddison, com um bis, Pedro Porro e Brennan Johnson asseguraram que a equipa de Ange Postecoglou não saía do Etihad sem três pontos importantes para deixar o 10.º lugar.
Na próxima jornada, o Manchester City visita Anfield. À condição, a diferença para o Liverpool fixa-se nos cinco pontos. No entanto, a equipa de Arne Slot só joga este domingo, diante do Southampton, tendo a possibilidade de se isolar ainda mais no topo da classificação. Pep Guardiola, que renovou contrato esta semana por mais dois anos, estará a pensar em que é que se foi meter.