O futebol com mulheres em campo a jogarem por Portugal já juntou, e vai continuando a acumulá-los, vários momentos para engordar a sua história: às valorosas futebolistas que estrearam a seleção, em 2017, num Campeonato da Europa, seguiram-se as que lograram a qualificação para o primeiro Mundial, em 2023, já depois de repetirem a presença em Europeus, no ano anterior. Nos intervalos dessas epopeias, houve recordes de assistência a serem consecutivamente batidos neste período, entre jogos de clubes ou da seleção, merecendo palavras de ânimo das jogadoras.
Na sexta-feira, uma das que tudo tem visto e vivido, Dolores Silva, chorava enquanto cantava o hino nacional no Estádio do Dragão, com o uníssono das 40.189 pessoas nas bancadas a entrar-lhe pelos ouvidos e a forçar as lágrimas para fora dos olhos. A bonita e histórica noite que mais uma vez quebrou o recorde foi fechada com o empate, a um golo, contra a Chéquia na 1.ª mão do play-off de acesso ao que a seleção pretende que seja a terceira presença seguida num Europeu.
O acumular de feitos não se ficaria pelo Dragão. Este sábado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) informou que além das bancadas, o jogo também motivou uma enchente de olhos diante de ecrãs de televisão: foi o mais visto de sempre na televisão, com uma audiência média de 899 mil telespetadores. “Passaram pelo jogo 2,2 milhões de pessoas, somando um share de 19%”, revelou a entidade, ao citar dados da GFK, empresa que mede as audiências televisivas em Portugal.
Tal permitiu à RTP1, canal que transmitiu o encontro, “liderar as audiências na sexta-feira” durante o horário em que decorreu o evento, ultrapassando assim o anterior melhor registo em jogos da seleção nacional feminina, o Portugal-Países Baixos da fase de grupos do último Europeu, em 2022, que mereceu uma audiência média de 768 mil telespetadores.