O jogo da Real Sociedad e o Real Madrid, para a Taça do Rei, foi interrompido por alguns minutos, ainda na primeira-parte, depois dos adeptos da Real Sociedad terem gritado «morre» para Raúl Asensio, defesa do Real Madrid. Também Vinícius Júnior foi, mais uma vez, alvo de insultos racistas, e foi o próprio a dirigir-se ao árbitro da partida queixando-se dos cânticos vindos da bancada, dirigidos a si e ao colega de equipa.
De recordar que Asencio está a ser investigado, há mais de um ano, pelo suposto envolvimento, com outroe colegas do Real, na divulgação de um vídeo sexual com uma menor. O defesa já pediu o arquivamento do caso, mas este foi-lhe recusado.
«O Vinícius avisou o árbitro sobre o Asencio, e este parou o jogo e aplicou o protocolo. O juiz agiu corretamente», afirmou Carlo Ancelotti, treinador dos merengues, após o jogo.
O lateral, de 22 anos acabou por ser substítuido ao intervalo, e Ancelotti explicou as razões depois do apito final: «Tirei-o por duas razões. Além de estar a ter dificuldades em lidar com os cânticos dos adeptos, já tinha um cartão amarelo. Acho que ninguém gosta de ouvir o estádio a gritar para morrer. Não estava bem, por isso, disse-lhe para se ir vestir. Não queria que isso afetasse negativamente o nosso jogo», concluiu.
O speaker do estádio alertou os adeptos da Real Sociedad e uma mensagem surgiu no ecrã gigante do estádio, pedindo que apoiassem a equipa de forma civilizada.
Já Vinicius Júnior foi alvo de gestos racistas, sendo que as câmaras captaram um jovem adepto a fazer gestos imitando um macaco na direção do avançado brasileiro.
A segunda mão da meia final da Taça do Rei, disputa-se dia 1 de abril em Madrid.