E Tudo o Vento Levou. Romance de 1993 que, de forma quase literal, se adequa a este reencontro na Liga Portugal Betclic, mais de 30 anos depois da estreia. O vento foi protagonista numa Choupana que viu o Nacional vencer o Moreirense por 1-0.
Vento cruzado numa Madeira fria a um sábado ao fim da tarde. Uma partida entre duas equipas que se mostravam inconstantes a nível de resultados, mas com vontade séria de vencer.
Contrariar a intensidade
Equilíbrio claro entre formações desde início foi a toada que ambas quiseram manter. Num jogo bem disputado, com a intensidade do vento a ser a verdadeira inimiga, foi a intensidade no relvado que se demonstrou mais forte.
As oportunidades foram aparecendo a par e passo, mas o grande susto para os insulares surgiu à passagem dos 23 minutos. Guilherme Schettine foi apanhado em posição irregular no momento do passe, antes de rematar para golo. Passaram os calafrios, mas aumentou a toada.
A resposta madeirense foi clara, tal como a intenção. Foram vários os pontapés de canto que Bruno Costa tentou aproveitar para servir os companheiros, mas Kewin Silva ou a defesa serviram de muralha para travar as ocasiões.
Até ao intervalo, o ascendente da turma de Tiago Margarido começou a transparecer face a um Moreirense que se ia escondendo do ataque, com o passar dos minutos - algo que, notoriamente, não tem sido habitual nos cónegos.
Defesa corta-vento
Para o Nacional, a defesa foi vital - perdoem-nos a rima que não foi intencional. Desde o primeiro minuto da segunda parte que o primeiro setor dos insulares se mostrou realmente ativo e demonstrou trabalho - quer no ataque, quer na defesa e que o diga José Gomes que concretizou o golo da vitória madeirense.
Rapidamente, os eventos se tornaram constantes num par de poucos minutos. Luís Esteves enviou a bola à barra, José Gomes marcou e ainda um lance de dúvida entre Marcelo e Tomich.
Os minutos foram passando e as intenções foram acalmando. O Moreirense mexeu no ataque e tentou criar mossa, mas não conseguiram chegar ao alto nível que têm vindo a demonstrar nas passadas jornadas. O vento foi duro adversário, mas o Nacional mostrou estar habituado ao que tem em casa.
No final, sorriso para Tiago Margarido e para os seus comandados. O vento levou três importantes pontos para a Madeira na luta pela manutenção.