Depois da decisão polémica que deu muito que falar no V. Guimarães-U. Leiria (2-0), onde assinalou um penálti aos 77' e, ao fim de 4 minutos, decidiu reverter tudo e dar a posse de bola à equipa contrária (sem a ajuda do VAR, já que os duelos da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal não têm recurso a essa tecnologia), o árbitro Miguel Fonseca decidiu explicar o que viu e qual a sua interpretação do lance naquele momento.

"O que aconteceu foi que tomei uma decisão como centenas ao longo do jogo em milésimos de segundo. A minha perceção inicial é que havia penálti e assinalei-o. Não consegui comunicar de imediato com a minha equipa. Comunicamos e conversamos durante o jogo acerca das tomadas de decisão e não consegui fazê-lo de imediato porque tive alguma contestação por parte dos jogadores. Foi esse o motivo pelo qual a tomada de decisão levou 3 ou 4 minutos. Quando consegui comunicar com os restantes elementos, todos tinham uma opinião diferente da minha. Naquele momento, senti que devia reverter a decisão. Julgo que a verdade desportiva foi reposta, sinto que esse é o nosso objetivo em cada jogo", justificou, em declarações ao Canal 11.

Explicar as decisões é positivo para o futebol? "É obviamente uma vantagem que temos. Não gostei daquele momento, obviamente, mas acho que é bom para todos. Adeptos, equipas, para nós, podermos explicar o que aconteceu para que não restem dúvidas. O processo foi exatamente este e, desta forma, acho que não deixamos dúvidas a ninguém sobre o que aconteceu naquele momento, que foi algo insólito".