"Nos primeiros anos da minha governação eu chamei a atenção que o INSS não era capoeira para se ir buscar dinheiro ou ir buscar galinha na capoeira, mas sim era reservatório seguro para o próprio trabalhador e esta medida está a ser seguida", afirmou Nyusi, durante a inauguração do edifício da delegação provincial daquele instituto em Niassa, noroeste do país.
Em 2014, aquele Fundo de Reserva, que suporta o pagamento de vários apoios sociais e pensões, contava com 14 mil milhões de meticais (209 milhões de euros), sendo o crescimento exponencial da sua dotação explicado pelo chefe de Estado com a adesão de empresas e trabalhadores ao regime contributivo e pela "boa gestão", a qual "deve continuamente ser melhorada".
"Neste percurso todo temos estado a exigir o rigor na gestão deste fundo público como forma de aumentar a credibilidade e confiança no sistema", disse Nyusi, revelando ainda que o rácio atual de financiamento da segurança social é de cinco trabalhadores no ativo para um beneficiário.
"É um indicador que tem que ser evoluído", insistiu, assumindo que nos últimos dez anos -- dois mandatos da governação de Nyusi -- "o alargamento da abrangência territorial dos serviços de segurança social, dos seus públicos-alvo e dos serviços constituem uma realidade inegável".
"Quanto mais nos aproximamos dos utentes, somos chamados a aprimorarmos a nossa atuação para responder com afinco às preocupações emergentes da própria dinâmica", apontou.
De 2015 a 2024, o país passou de 125.903 empresas contribuintes para o sistema de segurança social para 187.388, um crescimento de 49%.
"O sistema possui 2.678.355 trabalhadores por conta de outrem, 54.228 trabalhadores por conta própria. Ainda temos neste momento 130.999 pensionistas, o que faz com que a relação entre pensionistas/beneficiários seja de cinco trabalhadores no ativo que descontam para um pensionista", concluiu.
PVJ // VM
Lusa/Fim