"Todas as mudanças no decorrer dos anos, nós resolvemos mostrar às pessoas o Museu Nacional através do seu acervo, através do Palácio do Acervo", contou à Lusa o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, e um dos organizadores do projeto.
"A nossa intenção sempre foi de falar um pouco do passado, a situação presencial e qual é o futuro", disse, referindo-se à publicação "Museu Nacional: Passado, Presente e Futuro", apresentado pelas 19:00 na Embaixada de Portugal e que reúne 11 capítulos que traçam a história do Museu, apresentando as ações realizadas depois do incêndio de 2018 e no qual projetam ainda o futuro da instituição.
A iniciativa da Embaixada de Portugal e do Camões - Centro Cultural Português em Brasília, com o Ministério da Cultura do Brasil, vai contar no lançamento com a presença da ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, da vice-diretora do Museu Nacional, Andrea Costa, e com uma mensagem gravada da ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, detalhou à Lusa o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos.
Luís Faro Ramos, assim como Alexander Kellner, lembraram o apoio que Portugal tem dado instituição de forma a reerguê-la.
"Portugal tem participado neste projeto de reconstrução do Museu Nacional, que ardeu em setembro de 2018, desde o início, designadamente fazendo parte do Comité Institucional do projeto Museu Nacional Vivo", frisou o embaixador português, reforçando que o Estado português tem "contribuído financeiramente para alguns projetos de reconstrução".
Além disso, Luís Faro Ramos lembrou a parceria existente no qual o Museu Nacional assume "um papel de destaque no incentivo à investigação com Portugal através de uma parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e com a infraestrutura portuguesa de coleções científicas para a investigação onde vão ser concedidas 50 bolsas de doutoramento até 2027".
Com mais de 200 anos, o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o mais antigo e património do Brasil, foi reduzido a escombros no dia 02 de setembro de 2018 por um incêndio que destruiu grande parte do acervo de 20 milhões de peças.
O prédio histórico, que inicialmente serviu como palácio imperial do Brasil, abrigava o maior museu de história natural da América Latina e um dos cinco maiores do mundo do género.
A inauguração total do museu está prevista para o primeiro semestre de 2026, disse à Lusa o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.
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