De acordo com o diplomata português, o ano ainda não acabou, mas já há um aumento de dois mil pedidos de vistos em relação a 2023.

O embaixador falava hoje à margem de uma visita de trabalho que realizou nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) em Bissau, a convite do diretor daquela corporação, Domingos Correia.

"Ontem (quinta-feira) mesmo, recebemos na embaixada o processo 16 mil, e ainda não acabámos o ano o que demonstra que tem havido um aumento significativo da capacidade de receção e resposta da parte da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau e dos seus serviços consulares", notou Miguel Silvestre.

O diplomata português aproveitou a ocasião para destacar "a boa cooperação" entre a PJ guineense e a embaixada, dando o exemplo de uma operação, ocorrida em 2024, em que aquela polícia desmantelou uma rede de malfeitores que tinham na sua posse, de forma fraudulenta, 2.500 passaportes.

Miguel Silvestre frisou que cabe às autoridades guineenses desmantelarem quaisquer redes que possam estar a atuar, de forma ilegal, em processos de aquisição de vistos de entrada em Portugal.

O embaixador português na Guiné-Bissau rotulou de "colaboração aprofundada e positiva" da PJ guineense na identificação de documentos contrafeitos e falsos e também no combate às redes de auxílio à emigração ilegal.

São redes que "de forma fraudulenta, aliciam pessoas que querem fazer os seus pedidos de visto e que lhes cobram grandes quantias", explicou o diplomata português.

Miguel Silvestre frisou que essas redes apenas contribuem para "lançar confusão".

O diretor da PJ guineense, Domingos Correia, corroborou as explicações do embaixador de Portugal e prometeu continuar a ação de combate a processos fraudulentos de aquisição de vistos em todas as embaixadas sediadas em Bissau.

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